O estado de São Paulo abriga porção significativa da Mata Atlântica, um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta e um dos mais ameaçados. Mesmo com apenas 28% de sua cobertura florestal original preservada, o território paulista ainda concentra milhares de espécies vegetais nativas com potencial de uso econômico sustentável. Muitas destas espécies são manejadas há gerações por comunidades tradicionais, que desenvolveram conhecimentos sobre épocas de coleta, técnicas de beneficiamento e usos alimentícios, medicinais, artesanais e ornamentais.
A Rede Sociobiodiversidade SP está mapeando sistematicamente espécies da flora nativa paulista que apresentam cadeias produtivas estruturadas ou potencial de estruturação. O trabalho integra levantamentos botânicos, caracterização de usos tradicionais e comerciais, identificação de mercados, análise de viabilidade econômica e avaliação de aspectos legais e regulatórios. As informações coletadas são organizadas no Banco de Dados da Sociobiodiversidade e subsidiam a elaboração de manuais de boas práticas e planos de ação para fortalecimento das cadeias.








